PRECONCEITO

O que é?

De modo geral, é um julgamento que se forma com antecedência, caracterizado principalmente por não ter lógica ou algum embasamento crítico considerável. Geralmente, ele é expresso por meio de atitudes discriminatórias, para com outras pessoas, tendências de comportamento, crenças e sentimentos.
Essa opinião sobre algo ou alguém é quase sempre baseada num estereótipo negativo, algo enraizado, que foi repassado de geração para geração e que vigoram até os tempos atuais. Em consequência disso, pode ocasionar em danos psicológicos e até mesmo físicos para suas vítimas. Por isso, atualmente existem movimentos e leis contra os diversos tipos de intolerância.

Quais as origens?

Para trabalhar esse tema, é muito importante discutir sobre as origens do preconceito, sendo estas encontradas nos valores morais, ideologias, interesses ou crenças de um determinado grupo social. O preconceito parte de uma visão de mundo pouco elaborada, repleta de ideias e certezas que não sobrevivem a um mínimo de reflexão ou exame crítico. Preconceito é um pré-julgamento - literalmente, "pré-conceito" -, isto é, um juízo formulado de forma antecipada, sem o devido conhecimento daquilo que se está julgando.
O prefixo "pré" significa "antes de". Essa atitude geralmente vem carregada de uma grande antipatiaem relação às pessoas que pertencem a esse grupo, resultando, muitas vezes, como já foi citado, em atos de discriminação e agressões físicas ou verbais. O preconceito é transmitido culturalmente. Não é arriscado dizer, portanto, que indivíduos se tornam preconceituosos porque receberam influência do meio social no qual estão inseridos, onde o preconceito é aceito ou mesmo estimulado.

Como o brasileiro lida com o preconceito?

É notório que o preconceito causa um dano profundo em nossa sociedade: tira oportunidade de milhares de brasileiros de se desenvolverem plenamente, deixando-os à margem da sociedade. E, por vezes, as vítimas do preconceito têm seus direitos fundamentais violados no âmbito escolar, no ambiente de trabalho e na vida social. Embora uma parcela da sociedade esteja ciente de que toda e qualquer forma de preconceito deva ser obstruída, há ainda um grande número de pessoas que fecham os olhos para esses casos.
O grande problema é que, na maioria das vezes, o preconceito no Brasil é encoberto. As pessoas têm vergonha de se reconhecer como preconceituosas. Porém, suas ações demonstram que elas veem no outro um estranho, que é perigoso em potencial. Sendo assim, é necessário conscientizar a população de que o preconceito existe e deve acabar. Porque quando o problema não é reconhecido, ele não é tratado, ou é tratado com muita dificuldade.

PRECONCEITO RACIAL

Ideia de que pessoas de uma determinada raça ou etnia são superiores a outras. Neste tipo de preconceito se configura principalmente o racismo, um tipo de discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre pessoas e povos. A exemplo disso, têm-se os negros e os indígenas, que no Brasil, desde a época colonial, vêm sendo marginalizadas e estereotipadas por brancos.

PRECONCEITO SOCIAL

Também chamado de preconceito de classe social, é relacionado ao mau tratamento ou estereótipo negativo dado a uma pessoa quanto ao seu status social. É um preconceito que normalmente aparece devido às diferenças de vida e privilégios sociais entre ricos e pobres. Entretanto, também pode ocorrer entre pessoas que pertencem a uma mesma classe social. Este está relacionado a diversos aspectos, como:

Nível de escolaridade; padrão social de vida; renda salarial; quantidade de bens; cargos profissionais;, entre outros aspectos ligados a uma posição social.

PRECONCEITO RELIGIOSO

O preconceito quanto às diversas religiões acontece quando existe um sentimento de desprezo, desvalorização ou sentimento de superioridade de uma pessoa em relação à outra que possui uma religião, fé ou conjunto de crenças diferentes. O mesmo também se manifesta através de atitudes de intolerância e tentativa de invalidação da crença, religião e rituais religiosos de outras pessoas. É comumente conhecido como intolerância religiosa. Dependendo da intensidade que acontece, pode gerar manifestações violentas, perseguições e guerras. Situações de conflitos ocorridas em períodos antigos, como na Idade Média, e até mesmo casos mais atuais, como o Holocausto dos judeus na Alemanha (1933 - 1945), são exemplos sólidos de que a ignorância religiosa é algo frequente e que precisa urgentemente ser erradicada.

PRECONCEITO LGBTQIA+

É o julgamento e intolerância em relação às pessoas que pertencem à comunidade LGBTQIA+. é o sentimento de repulsa, aversão ou ódio às pessoas de diferentes identidades de gênero e sexualidades. Muitas vezes podem ter motivações religiosas ou culturais e têm como consequência, atos de intolerância e de violência contra pessoas com diferentes identidades de gênero. Neste grupo estão inclusos(as):

lésbicas; gays; bissexuais; queers; assexuais, entre outros.

Há também a transfobia, o preconceito destinado e direcionado às pessoas transexuais / transgêneros, ou seja, pessoas que não se identificam com o seu gênero biológico, como transexuais, travestis e intersexuais.

PRECONCEITO DE GÊNERO

É a ideia de que uma pessoa, por pertencer a um determinado gênero, possui menos valores ou capacidades do que outras. Esse tipo de preconceito é muito comum em relação às mulheres, sendo especificamente chamado de misoginia. A misoginia é o sentimento de ódio ou de desprezo em relação às mulheres, fundamentada na ideia de que essas possuem capacidades inferiores às capacidades dos homens, seja no trabalho ou qualquer outro aspecto da vida cotidiana. A misoginia é responsável por grande parte dos crimes de feminicídio, que é a nomenclatura criminal dada aos homicídios em que as vítimas são mulheres. O feminicídio é qualificado desta forma quando existe a comprovação de que as causas que motivaram o crime estão relacionadas à condição de mulher ou outras questões relacionadas ao gênero.

CAPACITISMO

É a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como o normal, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido, se possível por intervenção médica. De maneira direta, capacitismo é toda e qualquer ação discriminatória e preconceituosa, que classifica as pessoas com deficiência como:

-inaptas a realizar tarefas,
-incapazes de tomar decisões,
-incapazes de terem autonomia para cuidar de suas próprias vidas.
-limitadas.

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